Ao criar O Baú da Literatura, o autor pretende obter uma página de registo dos pequenos trabalhos que vai redigindo e, eventualmente, de outros autores que despertem a sua atenção, no sentido de incentivar à leitura e à escrita. Atividades importantíssimas para o dia-a-dia, aliás, não só importantes, como também divertidas!

O blog é de leitura aberta, para que qualquer um possa aceder.

Para consultar os meus trabalhos, por favor repare na aba O QUE PODE VER?, do seu lado direito...




Pode também optar por enviar um email para obaudaliteratura@andrebiscaia.com.

Fico na expectativa de que goste dos conteúdos publicados aqui.



Com a mais elevada estima e consideração;


O Autor

Dona Solidão

#4
Boa noite. É agora a altura de vos deixar o terceiro trabalho para o arquivo do blog.
Se é ou não um bom trabalho, conto convosco para decidir mas, apesar de tudo, espero que vos agrade. Vão colocando os vossos comentários, aqui ou na página do facebook do blog.
Novo conteúdo para breve. Conheçam agora a «Dona Solidão».

O Autor



A solidão é a alegria de quem vive afastado.
É a dor de quem pensava ser feliz, e não vivia.
Talvez a tristeza de quem olha e só vê prado,
Ou da pessoa sorridente que não sorria.

É o amor, de quem o tem para dar,
E o desprezo de quem o não quer receber.
Vida de rico que não precisa de ir ao mar,
Mundo de pobre que não sabe o que comer.

Jamais tenho palavras para to dizer,
Ah, isso… não mais o irás saber!
O que intrinsecamente me vai na alma,
Deposito eu, à mercê da noite calma.

É triste, conhecer-te bem e ter a certeza,
Que o que na verdade queres é a beleza.
Não ligas aos assuntos do foro da emoção,
Ignoras-me a mim, que tanto te dei a mão.

Se do teu interesse for, eu estou cansado.
Te digo que não esperes de mim nada mais,
Deixaste-me de tal modo devastado,
Folgo hoje em partir de um novo cais.

Mil oportunidades, tantas foram as marés.
Muito tempo te dei para me mostrares quem és.
Dois mil sinais, já foram bem demais,
Se não entendeste, todas são então iguais.

Nunca te pude dizer que te amo
E não é por isso que to reclamo.
Garanto-te que não vou por ti chorar,
Pois se o fizesse não havia meio de parar

Pensava eu seres a mulher especial,
Levo comigo a minha eterna solidão,
Que me aprisiona tão perto, quase no chão,
Porque afinal tu és tão ou mais banal.




André Biscaia

10 de outubro de 2014

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Conímbriga

É tempo agora para um momento cultural. Porque o blog não serve só para divulgação de trabalho, mas também para tudo o que tenha a ver com leitura, cultura, etc..., deixo-vos agora com um momento testemunhado e registado pelos colaboradores Lisboetas da Rádio Biscaia no decorrer da sua "SUMMER TOUR 2014".

O Autor

Durante as suas Férias de Verão de 2014, os nossos colaboradores Lisboetas e a sua "SUMMER TOUR 2014", passaram por diversas cidades e pontos turísticos relevantes do "nosso" Portugal.
Aqui podemos observar as «Ruínas de Conímbriga», um gigante ponto de interesse que todos deveriam visitar, a fim de ficarem a conhecer um pouco da História de Portugal (mas não só). Este é um belíssimo exemplo da Romanização levada a cabo pelos povos Romanos, evidentemente. Fiquem agora a conhecer um pouco mais da História destas Ruínas.

"A evidência arqueológica revela-nos que Conimbriga foi habitada, pelo menos, entre o séc. IX a.C. e Sécs. VII-VIII, da nossa era. Quando os Romanos chegaram, na segunda metade do séc. I a.C., Conimbriga era um povoado florescente.
Graças à paz estabelecida na Lusitania operou-se uma rápida romanização da população indígena e Conimbriga tornou--se uma próspera cidade.
Seguindo a profunda crise poíítica e administrativa
do Império, Conimbriga sofreu as consequências das invasões bárbaras. Em 465 e em 468 os Suevos capturaram e saquearam parcialmente a cidade, levando a que, paulatinamente, esta fosse abandonada.
Conimbriga corresponde actualmente a uma área consagrada como monumento nacional, definida por decreto em 1910.".


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Informação disponível em:

http://www.conimbriga.pt/portugues/ruinas.html, à data de 31 de Agosto de 2014.


Sentimentos

#2
Boa tarde. Hoje deixo aqui o primeiro poema original que ficará no arquivo do blog.
Um trabalho recente e que considero, de entre o que há, um dos melhores que alguma vez fiz. Algo simples e musical, espero que seja do agrado de todos. Dêem uma espreitadela e deixem o vosso comentário.
Aguardem novos trabalhos. A este chamei-lhe «Sentimentos».

O Autor



Um amontoado de palavras que revelam emoção.
Aquelas que nos batem lá bem no coração.
E vêm e vão.

É isso a poesia, e é com essa inspiração

Que o poeta a transforma numa bela melancolia
De som e paixão, palavras de união,
Não diga que não.
E vêm e vão.

É a poesia o Amor, a Paz e Ardor.

Uma maré de sentimentos a todo o vapor,
Um conjunto de influências e de grandes vivências
Que se revelam, dor sem perdão,
E vêm e vão

É tudo aquilo que penso não ser,

E é também o que não sei descrever.
Uma panóplia de sentimentos irrevogáveis,
Um ajuntamento de regras invioláveis e desregradas
Que andam às chapadas e em contra-mão,
E vêm e vão.

Quer-se irregular mas subordinada,

Semblante que tudo diz, mas não diz nada.
E de repente morre afogada ou vive e é amada.
É todo um sim e todo um não.
E vêm e vão.

São os sentimentos de grande imaginação,

Ou talvez não.
Vivem sem viver. Doem sem doer.
Eles que de repente vão,
Não diga que não, mas já não voltam.
André Biscaia
29 de agosto de 2014


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A Poesia

#1
Este é o primeiro trabalho que vos deixo. Demorei algum tempo a organizar o conteúdo para o blog, mas agora, aos poucos, vão surgindo os primeiros sinais de atividade deste espaço.
Não é exatamente um trabalho meu, no entanto surge na sequência de um concurso no qual participei. O objetivo foi escrever um poema. E, depois de muito pensar sobre um tema para escrever, cheguei à conclusão que descrever a poesia e o seu significado traduzia a melhor solução no contexto do concurso. Depois disso, amigavelmente desafiei a minha avó (que sempre escreveu magnificamente, principalmente no que à poesia diz respeito) para, a par comigo, escrever também os seus versos. Naturalmente que os dela ficaram de longe mais bem escritos que os meus. Por isso parece-me sensato que, com este trabalho feérico (dela) inaugure o meu «baú». Em jeito de homenagem, aqui fica. Chamei-lhe «A Poesia».

O Autor
A poesia é rasgar horizontes,
É o poeta sonhar mais alto.
A poesia canta nas fontes,
A água que corre em socalcos.

A poesia é sol ardente
Que nos aquece o coração.
O poeta a traz na mente,
E nos transmite a emoção.

A poesia canta o amor
Das aves que voam no céu.
Ouvi-las, é sempre um primor,
Por todo o mundo que é seu.

A poesia é uma criança
Que brinca ao sol da manhã.
Como eu trago na lembrança
Esses momentos de vida sã!

A poesia é a ternura
Dos que vivem a esperança
O poeta a assegura
Na sua perseverança.

A poesia é o grito de paz
Para os que vivem em guerra
É o poeta que o traz
Ao “homem” que está na terra.

A poesia é a alegria
Do pobre sem ambição
O poeta traz-lhe a magia
Enchendo-lhe o coração.


A poesia canta, afinal,
Todo o nosso sentimento.
E em poemas sem igual,
Canta sonha e quimeras,
Que nos enche as nossas mentes
Como manhãs de Primavera!




Carlota Pereira Biscaia


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