Boa noite. É agora a altura de vos deixar o terceiro trabalho para o arquivo do blog.
Se é ou não um bom trabalho, conto convosco para decidir mas, apesar de tudo, espero que vos agrade. Vão colocando os vossos comentários, aqui ou na página do facebook do blog.
Novo conteúdo para breve. Conheçam agora a «Dona Solidão».
O Autor
A solidão é a alegria de quem vive afastado.
É a dor de quem pensava ser feliz, e não vivia.
Talvez a tristeza de quem olha e só vê prado,
É o amor, de quem o tem para dar,
E o desprezo de quem o não quer receber.
Vida de rico que não precisa de ir ao mar,
Mundo de pobre que não sabe o que comer.
Jamais tenho palavras para to dizer,
Ah, isso… não mais o irás saber!
O que intrinsecamente me vai na alma,
Deposito eu, à mercê da noite calma.
É triste, conhecer-te bem e ter a certeza,
Que o que na verdade queres é a beleza.
Não ligas aos assuntos do foro da emoção,
Ignoras-me a mim, que tanto te dei a mão.
Se do teu interesse for, eu estou cansado.
Te digo que não esperes de mim nada mais,
Deixaste-me de tal modo devastado,
Folgo hoje em partir de um novo cais.
Mil oportunidades, tantas foram as marés.
Muito tempo te dei para me mostrares quem és.
Dois mil sinais, já foram bem demais,
Se não entendeste, todas são então iguais.
E não é por isso que to reclamo.
Pois se o fizesse não havia meio de parar
Pensava eu seres a mulher especial,
Levo comigo a minha eterna solidão,
Que me aprisiona tão perto, quase no chão,
Porque afinal tu és tão ou mais banal.