Olá, boa tarde.
Ontem, do nada, comecei a escrever um novo trabalho. Sem alinhavos nem rascunhos, garantidamente, foi isto que saiu. Pareceu-me interessante... muito interessante até. Soube tão bem. É a isto que chamo, de um ponto de vista mais literal, "poesia selvagem". No entanto, não foi este o nome que lhe atribuí. Antes foi «Inversão». Quer saber porquê?!
O Autor
Quis
que fosses meu, mas, por tudo, não deu.
Por
mais que tentasse, e que sofregamente te amasse.
Assim
foi… eu tentei, mas não deu.
Soube
então, de ti, que tinhas outra…
De tal
assombro, esse foi o maior.
Martírio
de fé para quem religioso é.
Não
o meu caso, que não o sou…
Mas
se doeu? Oh, se doeu…
Tal
atrocidade fizeste questão de exibir
Com
vaidade, sem ter em conta essa minha fragilidade?!
Como?
Como ousaste ser tão cruel?
Nesse
teu misto de mel e fel…
No
qual acreditei… durante anos…
Não
sei, pois, mais que te diga.
São
os Homens todos iguais?
Riem-se
de nós sem nada mais
Ter
em conta?
Conta
a história, que assim é…
Mas
não por muito tempo!
Digo-te,
pois, que agora custa, verdade o é,
Aquilo
que hoje não passa…
E
enquanto passa e não passa… Oh!...
Custa
tanto… Meu Deus!
Quem
foi que te deu essa efémera remessa
De
uma obstante promessa que não passa,
De
uma alucinação!
Não
fui eu…
Mas
cresce em mim uma tal sede de vingança,
Que,
cá dentro, alimenta a esperança…
De
um dia… um só dia...
Poder,
eu, vir a concretizar esta minha promessa…
Sem
que ninguém me peça… que abdique da minha herança…
Ser
feliz!