Ao criar O Baú da Literatura, o autor pretende obter uma página de registo dos pequenos trabalhos que vai redigindo e, eventualmente, de outros autores que despertem a sua atenção, no sentido de incentivar à leitura e à escrita. Atividades importantíssimas para o dia-a-dia, aliás, não só importantes, como também divertidas!

O blog é de leitura aberta, para que qualquer um possa aceder.

Para consultar os meus trabalhos, por favor repare na aba O QUE PODE VER?, do seu lado direito...




Pode também optar por enviar um email para obaudaliteratura@andrebiscaia.com.

Fico na expectativa de que goste dos conteúdos publicados aqui.



Com a mais elevada estima e consideração;


O Autor

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Chora por dentro

#11

De uma aula de chinês, das palavras da professora Mai saíram os dois primeiros versos. Quando vês poesia em tudo o que dizem, a magia acontece!
-

Chora por dentro,
Mas não me deixes ver as lágrimas.
Guarda bem o sentimento,
Esconde-o nas tuas páginas.


O diário que escreveste,
Prometo, eu não vou ler.
Sobre o mundo que moveste,
Só tu irás saber.

Eu cancelo o sentimento,
Já não quero nem saber.
Ignoro este momento,
Esqueço-me que vou viver.

São de prata | Aos 25 anos de casamento dos meus pais

#10
Esta semana ando muito escritor. Portanto, pelos 25, aos 25 e a mais 25. Os meus parabéns!




Era para ter escrito qualquer coisa,
Mas saiu coisa nenhuma!
Porque no fim, alguma coisa,
É sempre coisa alguma!

Vamos criar memórias,
Escrever estórias,
Lembrar vitórias.

Aos anos passados,
Vinte e cinco,
Bem carregados.

De Amor, União
Lembrança e Paixão.

De família,
Porque disso se trata
De felicidade,
Que não mata

De memórias,
Inesquecíveis,
De histórias,
Inconfundíveis
De dificuldades,
Ultrapassáveis,
E de conquistas,
Memoráveis.

Vamos ser nós próprios,
Fazer juras de mindinho,
E celebrá-las,
Porque as cumprimos.

Que nunca vos faltem as lágrimas de emoção,
E que as chorem sempre com o coração.

Justiça Ilusória

#9
Mais um trabalho. Este é uma crítica à sociedade em geral, por tudo o que vai acontecendo. Justiça Ilusória.

I
Vivo nesta ilusão,
De que o mundo é justo.
Vivo na contramão,
Porque é tudo em vão.

II
Quando se dizem preocupar,
Não o fazem tanto assim,
Neste enorme, imenso mar,
Onde só eu cuido de mim.

III
É assim a Humanidade,
Não há muito a criticar.
Sentimento de irmandade,
Poucos sabem demonstrar.

IV
O parecer não é o que parece,
Porque não estou a precisar.
Mas o alerta permanece,
Ao que estou a insinuar.

V
Vivo nesta ilusão,
De que sei dizer.
Vivo na contramão,
Porque só sei escrever.

VI
Não me sei esclarecer,
Porque não me sei explicar.
Se há outro modo de ver,
Outra volta não vou dar.

VII
Tenho pena
De não poder chorar.
Por alguma gratidão,
Sou um anjo,
Pequeno anão.

VIII
Não que o que diga tudo revele,
Porque, aliás, pouco ou nada diz.
Quase ninguém percebe,
O que, por certo, me faz feliz.

IX
Vivo nesta ilusão,
De que o mundo é perfeito,
Vivo na contramão,
Porque o mundo é defeito.

X
Creio que gostam de mim,
Mas são só crenças.
Porque não bastam assim,
As palavras intensas.

XI
Vivo nesta ilusão,
De que sou feliz.
Vivo na contramão,
Porque estou infeliz.

O Autor


André Biscaia
14 de maio de 2018

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A prática da teoria da poesia

#8
Este foi um trabalho desenvolvido a pedido da Comissão de Faina de Línguas e Relações Empresariais (vulgo, Comissão de Praxe), bem como dos trajados do curso em questão, da Universidade de Aveiro (UA), na qual ingressei este ano letivo (2016/17).
Assim, e conforme me foi solicitado, tentei responder o melhor possível à questão «O que representa a praxe?». Fazendo uso do slogan da UA, theoria poiesis praxis, respondi da forma que me pareceu mais acertada. Para mim, a praxe é A prática da teoria da poesia.


O Autor

A prática da teoria da poesia,
É algo semelhante à praxe.
Com muita emoção e alegria,
Uma nova família nasce!

É com esse objetivo,
Que tudo isto acontece.
Há um propósito assertivo…
A integração, em definitivo.

Embora,
Assim o diga o Hino,
Temos tudo, até chinês,
Mas esta praxe
Mostra o melhor do Português!

Assim nos damos a conhecer,
No nosso melhor Português,
Sem nunca fazer esquecer,
Este Aveiro que nos fez!

A praxe é integração,
Num síncrono esforço de união.
Faz-nos quem somos,
Ensina-nos a dar a mão!

É a praxe, poesia?
Até que ponto o não é?
Se nos fizermos valer da Ria
Para continuarmos de pé?

Nesta praxe tudo é Aveiro,
A metáfora que nos motiva,
É uma gíria a tempo inteiro,
Numa métrica decisiva.

No começo o verso é solto,
Porque tudo parece louco,
No términus é mais que isso, afinal,
Já temos rima sem igual.


Pelo Aluvião,

André Biscaia
29 de setembro de 2016

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Valor

#7
Este não merece comentários. Tem «Valor» por si mesmo!

O Autor

I
E de que te vale o valor,
Se não tens valor?
Depois de tudo o que fazes,
Só te resta o amor
Próprio!

II
Ou nem isso, talvez!
Uma mágoa que se refez.
Sentimento inquestionável,
A Mim, a Ti, a Nós Dois,
Porque Nada Há depois!

III
Não pense que sou egocêntrico.
Sou, aliás, pouco concêntrico.
Nada sei sobre valor,
Porque apesar de pouco valor,
O outro, então, não tenho nenhum!

IV
Sei que pareço Camões,
Mas não queiras comparar.
Já que, o que da comparação advém,
De facto, não o sabe ninguém!

V
Cada um é como é.
E todos mudam com a maré.
Bem sabes que não vale a pena tentar,
Nunca valeu, não vai dar.

VI
É nos momentos de depressão,
Que surgem estes tempos,
De reflexão.

VII
Apesar de tudo,
Escrevo alheio ao pensamento e à razão.
Guiado sempre pela emoção
De me questionar sobre o inquestionável valor
Do coração!

VIII
É difícil perceber no que isto vai dar.
Nada sei, sobre o rumo que vai tomar.
Aonde isto vai parar?
Ou do valor que vai ter,
Irá alguém perceber?

IX
O valor de algo jamais se sabe,
Até ao dia em que alguém abre
O que escrevemos,
E interpreta tudo aquilo
Que dizemos!

X
Gosto de criar, imaginar,
Na minha mente divagar.
Sem sequer me esclarecer, primeiro,
De tudo o que fica de premeio.

XI
Sabes?
Tu bem me ajudas a valorizar
Tudo aquilo em que me custa acreditar.
Porque me entendes, me ouves com atenção,
E não me dás desilusão.

XII
Obrigado por isso e por muito mais,
Pelo valor intrínseco das tais
Escutas que me fazes valorizar,
E de ti tanto gostar.

XIII
Poesia,
És tu que me dás esta alegria
Atiças a vontade de desabafar,
Sem para o outro olhar.

XIV
Por isso, tens valor,
E mesmo que pouco,
É mais que o meu,
Que além daquele outro,
Não há nenhum!

XV
Só agora me chegou ao entendimento,
A razão dos outros –
Do outro Camões,
E dos outros “Pessoas” –
Só neste momento.

XVI
Se quiseres perceber, também,
Embora não por mim, claramente,
Deves ficar refém da tua mente,
Fica ciente!

XVII
E se esta poesia já não faz sentido,
Então cumpriu a singela função,
De me aliviar o coração,
Como havia prometido.



André Biscaia

24 de maio de 2016

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É o que diz o Coração

#6
Para inaugurar esta nova fase do meu blogue, tomei a liberdade de brindar os leitores com algo inédito.
Este destina-se a todos aqueles que entraram nesta vida, e de algum modo se tornaram "perenes". É um trabalho dirigido, muito em especial, àqueles que o conseguirem interpretar. A todos eles, o meu muito obrigado.
Espero que agrade, porque «É o que diz o Coração»!

O Autor



Obrigado pela genuinidade e preocupação,
Por me entenderes com o coração.
Quando mais ninguém percebe,
És sempre tu quem me acede.


Obrigado pelas palavras silenciosas,
Que escutas dentro de mim!
Só das pessoas atenciosas,
Que algures reitero em ti.

Pela perenidade te agradeço,
Porque o és a tempo inteiro.
Eu nem sempre to mereço
Mas traduzi-lo é derradeiro.

Com perspicácia, já entendeste.
Eu sei que percebeste:
É apenas a minha gratulação,
Expressa com adoração.

Fica, pois, tu a saber:

Para o escritor enriquecer,
Outra opção não tem,
Senão no papel escrever,
O que da alma lhe vem!

Obrigado pela coparticipação,
Nesta aventura de emoção.
A muitos faltava coragem,
Mas foste tu nesta viagem!

Sensibilidade é de ti realidade,
Algo que tenho a agradecer,
Pois é parte tua também,
Esta minha felicidade!

Espero que não leves a mal,
Esta inócua pequena atitude.
Apenas te quero dar o sinal,
Da minha gratidão amiúde.


André Biscaia

19 de maio de 2016

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Inversão

#5
Olá, boa tarde.
Ontem, do nada, comecei a escrever um novo trabalho. Sem alinhavos nem rascunhos, garantidamente, foi isto que saiu. Pareceu-me interessante... muito interessante até. Soube tão bem. É a isto que chamo, de um ponto de vista mais literal, "poesia selvagem". No entanto, não foi este o nome que lhe atribuí. Antes foi «Inversão». Quer saber porquê?!

O Autor



Quis que fosses meu, mas, por tudo, não deu.
Por mais que tentasse, e que sofregamente te amasse.
Assim foi… eu tentei, mas não deu.

Soube então, de ti, que tinhas outra…
De tal assombro, esse foi o maior.
Martírio de fé para quem religioso é.
Não o meu caso, que não o sou…
Mas se doeu? Oh, se doeu…
Tal atrocidade fizeste questão de exibir
Com vaidade, sem ter em conta essa minha fragilidade?!

Como? Como ousaste ser tão cruel?
Nesse teu misto de mel e fel…
No qual acreditei… durante anos…
Não sei, pois, mais que te diga.
São os Homens todos iguais?
Riem-se de nós sem nada mais
Ter em conta?
Conta a história, que assim é…
Mas não por muito tempo!

Digo-te, pois, que agora custa, verdade o é,
Aquilo que hoje não passa…
E enquanto passa e não passa… Oh!...
Custa tanto… Meu Deus!
Quem foi que te deu essa efémera remessa
De uma obstante promessa que não passa,
De uma alucinação!

Não fui eu…
Mas cresce em mim uma tal sede de vingança,
Que, cá dentro, alimenta a esperança…
De um dia… um só dia...
Poder, eu, vir a concretizar esta minha promessa…
Sem que ninguém me peça… que abdique da minha herança…
Ser feliz!




André Biscaia

28 de julho de 2015

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