Boa tarde. Hoje deixo aqui o primeiro poema original que ficará no arquivo do blog.
Um trabalho recente e que considero, de entre o que há, um dos melhores que alguma vez fiz. Algo simples e musical, espero que seja do agrado de todos. Dêem uma espreitadela e deixem o vosso comentário.
Aguardem novos trabalhos. A este chamei-lhe «Sentimentos».
O Autor
Aquelas que nos batem lá bem no coração.
E vêm e vão.
É isso a poesia, e é com essa inspiração
Que o poeta a transforma numa bela melancolia
De som e paixão, palavras de união,
Não diga que não.
E vêm e vão.
É a poesia o Amor, a Paz e Ardor.
Uma maré de sentimentos a todo o vapor,
Um conjunto de influências e de grandes vivências
Que se revelam, dor sem perdão,
E vêm e vão
É tudo aquilo que penso não ser,
E é também o que não sei descrever.
Uma panóplia de sentimentos irrevogáveis,
Um ajuntamento de regras invioláveis e desregradas
Que andam às chapadas e em contra-mão,
E vêm e vão.
Quer-se irregular mas subordinada,
Semblante que tudo diz, mas não diz nada.
E de repente morre afogada ou vive e é amada.
É todo um sim e todo um não.
E vêm e vão.
São os sentimentos de grande imaginação,
Ou talvez não.
Vivem sem viver. Doem sem doer.
Eles que de repente vão,
Não diga que não, mas já não voltam.
André Biscaia
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